Conheci um anjo, que segurava um chocalho,
ensurdeci do óbvio, avançei sem medo e meti-me no "caralho".
Porque o balançavas assim?
Era para eu ouvir?
Porque me hipnotizaste assim?
Era para eu seguir?
Conheci um anjo, que segurava um chocalho,
passou-me uma rasteira e meteu-se no "caralho".
Ai os cânticos de luz, mentiras encapadas, nem contigo sincero és, és confusão embusteada.
Conheci um anjo, sem coração, sem nada... que segurava um chocalho,
tesão de viver não é fazer sofrer, deixar caído no soalho...
Lava as tuas mãos querido anjo, a verdadeira luz é no final.
Posso não ser anjo, posso não ter o céu...
mas nunca enganei ninguém para ter o que não é meu.
Pobre anjo que conheci na ilusão de que voava...
No presente um chocalho na mão...
No futuro um coração sem nada...
(Bríggida Almar "Crónicas do desamor" 2013)
Sem comentários:
Enviar um comentário