9/20/2008

9/18/2008

Um erro...


Dói quando erramos por vontade, quando erramos a saber que vamos errar...um erro que não pode ser apagado com uma borracha e que nos condena a alma, o espírito, a mente...um erro consequente de algo que afinal... não esperava! Que não tive...um erro de carência, de vontade, de apenas sentir o meu ser vivo...um erro que agora assumo. Um erro condenado infindávelmente por quem não compreende, por quem não percebe, por quem lá não esteve...um erro onde o resultado, é esta dor cravada cá dentro como que uma estaca bem afiada. Um erro...todos nós erramos, mas parece que não. Pois por mais que o pedisse...não encontrava o perdão...e provavelmente de ti...nunca o irei encontrar.

Sou um ser errante... que erra... que admite, mas que não é admitido.

O perdão, esse, encontro-o em mim...

9/09/2008

Voar sem liberdade...


Fui um pássaro liberto de uma gaiola de ouro...um pássaro preso, encarcerado pelas asas, impedido de voar...sou um pássaro livre que prefere a solidão, que prefere olhar para dentro de si...preso pelas grades da sociedade, na ânsia de não ser descoberto, de não ser poluído pelo que vem de fora...neste momento a minha prisão é eu ser apenas quem eu sou...sou um ser condenado pela sua própria liberdade!


Deverei chorar?

Deverei rir?

Deverei meditar?


Faltam-me tantas coisas e eu simplesmente não sei lutar por elas, o "só"continua a me perseguir, aquele medo modesto e crú da solidão...


Consigo, apenas consigo me sentir "só" no meio de tanta gente...pois ninguém me compreende, ninguém me aceita, ou tenta perceber...porque dará decerto demasiado trabalho...


Ausências...de dois amantes.


Olhei o céu e procurei, procurei pelo teu sorriso, pelo teu olhar...mas apenas vi o sol!

Que me cegou de tão forte que é...

Procurei pelo teu cheiro, pela tua pele...mas apenas podia sentir o calor dos seus raios incandescentes!

Procurei-te dentro da minha alma e encontrei um lugar que por si, estava vazio, esse lugar...era onde eras esperado como um ser que me completava...que me amava...como eu sou...

o vazio, esse... é o lugar da minha cruel desilusão!


9/03/2008

Ouço o mar nas tuas mãos...




Ouço o mar nas tuas mãos, calmo... suave...uma concha fechada à espera de ser revelada...


Um búzio sedoso que toca a minha face como que se, já outrora o tivesses feito...


Trazes o mar aos meus lábios, um mar doce que anseio saborear...que apenas posso saborear na alma.




E apenas com o som do mar nas tuas mãos...




E só eu o posso ouvir...e só eu o posso ouvir...




Envolve-me com as tuas ondas, onde apenas eu consiga sentir o abraçar de um mar em tempestade, para que eu o possa amenamente acalmar...




Vejo-o nos teus olhos!




Mesmo sem ser um mar de verdade...