10/28/2007

Realidades Paralelas


Imagem retirada da net
********
A realidade por vezes é tão irónica, como um ser expectante de algo em que esse algo na verdade não existe...que esse algo não passou simplesmente de uma ilusão...de um sonho...sei que poderei ser considerado um ser ridículo pelas minhas palavras por vezes sem nexo, muitas vezes paradoxais e contraditórias...mas esta é a minha vida...o meu mundo especial...como quando desejamos tanto conhecer uma coisa e quando quase pensamos que estamos a chegar a uma meta de o conseguir...finalmente acordamos para a realidade nua e crua...e na verdade...nunca nos poderemos conhecer totalmente...serei eu uma ilusão de mim?

Não...não sou uma ilusão de mim e o mundo acontece para mim como eu já esperava que acontecesse...e isso é o pior de tudo...saber, querer não saber...na verdade o que espero é mesmo não saber...mas isso acontece e tenho de o viver como se não o soubesse...pois não posso mudar o rumo das coisas...terei de passar por elas mais tarde ou mais cedo...dejá vu!

A minha esperança é um dia simplesmente viver...sem parar por um momento e dizer ou auto criticar que já estive ali e que aquilo já se passou nesta ou noutra realidade, por vezes dou por mim a sorrir patéticamente e pensar se estarei no rumo certo ou não...se o facto de estar a presenciar aquele momento e já o ter vivido se deva ou não intervir, ou ficar simplesmente a observar as coisas acontecerem e esperar...pelo resultado final...seja ele bom ou mau...gostava de poder espreitar o outro lado do espelho...ousar e mudar o destino...mas destino significa sem tino e eu não quero perder o norte da coisa...escolho fazer hoje e agora...só aqui neste momento poderei alterar as coisas...pudera eu saber se deva ou não...continuar...a resistir á curiosidade de levantar o tapete e espreitar para o que está escondido lá de baixo...e poder guardar o que encontrar como que um tesouro raro e precioso...poder guardar tudo dentro de um baú envelhecido e poder viajar no tempo através dele...para nunca... nunca mais voltar...mas poder viver cada momento outra vez e outra vez, voltar atrás as vezes que quiser e andar para a frente, como se possuísse um comando do meu destino...por isso se encontrarem um escadote ou uma escada encostados a um espelho...não se assustem...fui eu que fugi...ou simplesmente fui um ser atraído e convencido pela curiosidade...

10/27/2007

Até que a morte nos junte de novo...


O teu rosto é uma doce névoa que se vai dissipando da minha memória, mas que todos os dias luto para me lembrar de mais um bocadinho de ti...és uma pessoa que ainda habita no meu coração...mas que... por mais que queira jamais será possivel voltar a tocar a tua face, sentir o teu cheiro, sentir a tua forma de me agarrar e de falar...apenas o poderei fazer na minha doce recordação, aquela que apenas nós dois tão bem conheciamos...o quão belo é podermos amar tantas pessoas e cada uma ser especial, tu foste demasiadamente especial mas não cheguei a tempo...de te salvar...perdoa-me!

Nunca tinha tido coragem para escrever estas palavras, mas hoje especialmente senti-te perto de mim como que a confortar-me meu amigo...meu confidente...meu igual...sei que não mais te poderei ver...mas tenho o "Dom" de te poder sentir sempre que estiveres perto de mim...a vida foi tão curta e respirou tão brevemente por ti, foste cruelmente afastado daquilo que tão bem sabias fazer...VIVER...afastaste-me de ti com receio de me fazeres sofrer...pois sabias...ambos sabíamos o que o destino reservava mais tarde ou mais cedo, mais tu... porque eu nunca te deixaria até ao fim...mas perdemos o contacto por tua vontade...e eu voltei a quebrar promessas e a enganar-me, nunca pensei que uma decisão me impedisse de te voltar a ver assim tão repentinamente...foste amor verdadeiro e amizade pura em sintonia e harmonia...vivemos momentos de euforia, ouvimos músicas...falavamos de tudo...ainda me lembro daquela música em que eu aproveitava para te seduzir...e tu adoravas olhar para mim...eu adorava olhar para ti, depois riamos que nem uns perdidos como dois garotos...nunca me traíste...nunca me enganáste e percorrias quilómetros para simplesmente falar comigo...estavas sempre ali quando precisava de um ombro amigo...era tão bom poder simplesmente te abraçar...mesmo quando foste para a Áustria despediste-te de mim com muito respeito, foi naquela altura em que decidimos mudar os 2 de rumo...nunca te esqueci...nunca te poderei esquecer...não te quero esquecer...serás para sempre imortal em mim...vou recordar com carinho as tuas sardas, os teus olhos lindos, o teu sorriso...descansa em paz meu amor...nunca haverá um amor assim na minha vida...especial e único como o foste, verdadeiro como o foste, quero tornar-te assim...imortal para mim...meu anjo...na minha memória...até que a morte nos junte de novo...para poder sentir novamente VIDA em ti...
Para o meu amigo T. Z...eternamente...

10/12/2007

Marcha dos seres levitantes...

Imagem retirada da net.

Marcha em ti...encontra o verdadeiro caminho, nunca uma rua encolheu tanto ao encontro de um visionário...levita como se voasses para um sitio sem limites de sonho...sem limites de imaginação.

Circunda tudo ao teu redor e verás o que o espaço simboliza...o seu significado...não da ilusão...mas da sua verdadeira realidade. Um espectro transparente que observa sem ser observado...que sente sem retorno...que se perde na esperança de ser reencontrado...

Jaz nesse túmulo chamado de mundo, a descoberta da verdade...e nesse mundo chamado de Teu...a esperança da sobriedade...

Sozinho mas tão transparentemente acompanhado, nessa marcha que me levanta do chão...e me eleva ao tão "Eu" esperado...





10/06/2007

Futilidades...



Poderia ser um cisne...ou uma estrela...ou um deus...mas escolhi ser apenas um elemento de suporte...uma mão...no vazio...na escuridão...onde muitos não se atrevem a ir por medo...não sinto medo...sei bem quem sou...do que sou capaz...do que quero alcançar...só! Acolho-me em mim...pois nada a minha volta poderá soar da mesma forma...as coisas mudam com a rapidez de um cubo inteligente, mágico... que se mexe e nunca tem a mesma face...como o desvendar? Como aceitar? Como querer ter a vontade de mais... se a frustração já ali se encontra? Já foi materializada...de tanto fazer planos para ela...como pode ser? Como pode ser?

Sou um desenho pintado na tela em tons de laranja, em tons de violeta, em tons de dourado e branco...mas nenhuma cor me consome...nenhuma me anula...seria a anulação a libertação? Ou é realmente o verdadeiro amor? Podemos amar sem sentir? Ou ser, sem ser? Futilidades sem nexo...talvez exista a probabilidade de uma face se repetir...e poder voltar atrás no tempo...para tornar as coisas fúteis...em coisas coloridas e desvendáveis...o interessante está em não conseguir...e estar sempre a tentar mudar...