5/24/2008

Deixa-me lá ficar!

Imagem retirada da net

Olhos nos olhos...sem fugir...sem temer...sem simplesmente desviar a atenção...chamas-me, envolves, queres, sorris e aqueces aquilo a que chamo de coração...a bomba que mata...que corrói...que salta desenfreadamente...dentro de mim. Não!

Não o posso deixar bater depressa demais? Poderei eu deixar de ouvir tudo á minha volta, para apenas olhar...e olhar...e olhar...para ti!

Observar os teus gestos, a tua presença contagiante...a tua doçura que fere, de tão doce que é...um jogo perigoso, que me faz recuar quando começo a sentir o cheiro das flores no teu sorriso...devo, não devo...plantar as minhas raízes nas tuas mãos? Pois começo a divagar com um sorriso meu, meio aparvalhado... na ilusão do amanhã...por isso na dicotomia do que poderá ou não ser...simplesmente farei com que seja! No aqui... no agora... no salgado doce dos teus lábios, deixa-me lá ficar...

5/21/2008

Invisivel...




Passo, olho, escuto, ninguém me vê...ninguém me ouve, ninguém me chama...


Passo, olho, escuto, sinto, ninguém me nota, ninguém me fala...




Corro desesperadamente pelos confins daquela terra húmida que me faz enegrecer os pés de descalços que estão...aclamo aos ventos, aclamo a chuva, o fogo, entranhados na minha alma...no meu ser, confuso mas ciente da sua própria verdade...




Corro, páro, volto a correr...ninguém me liga...


Corro, páro e grito com toda a força da dor...mas ninguém me ouve de verdade...




Sou um ser cercado por uma cúpula de vidro de onde saio...mas onde ninguém entra...


tentam partir esse campo energético mas não conseguem...mas continuam a tentar desesperadamente...




Sento-me, procuro, tento...mas não vale a pena pois ninguém me vê...só eu vejo...só eu posso falar, só eu posso gritar, correr...ai!


Desentranhar do âmago do meu estômago aquele berro infernal que sai em forma de trovão...pois...ninguém me ouve...ninguém me vê!




Corro por entre as árvores, que rasgam a minha pele, mas elas não me sentem, não me ouvem, não me falam...e corro, e corro, e corro...e choro convulsivamente..."o só" persegue-me...e eu fujo dele...para que não me magoe...para que não me ouça, para que não me fale, para que não me encontre na minha cúpula, pois é o único que existe além de mim...o único que está no mesmo plano...pois todos os outros caíram da escada a baixo...e eu fiquei no mundo invisível...e tal como ele, eu assim me tornei...apenas "o só"...me pode perseguir...mas eu fujo dele sem cansar...sem cair...




Corro, páro, sinto que sou invisível...para mim!








5/05/2008

Quão profunda poderá ser a mente?


Os nossos maiores limitadores de personalidade são os medos, os traumas, os preconceitos da nossa mente profunda e castradora do nosso ser...Por vezes somos levados a cometer as maiores barbaridades com nós próprios, pensando que nos estamos a vingar ou defender da sociedade envolvente, mas não...apenas de nós mesmos. Quão inocentes seremos ou somos por pensar que todos se preocupam com o nosso verdadeiro estado no geral, á espera, sentados... por causar uma reacção como que um grito de socorro para que nos vejam, para que se lembrem...para apenas sentir vida dentro de nós? Afinal...só nós nos preocupamos demais com o que já passou, com o que já não faz parte de nós...e na verdade...todos os seres que supostamente estariam a conspirar sobre as nossas vidas, na realidade estão-se a borrifar plenamente seja para o que fôr, e continuam com as suas vidas como se nada tivesse existido. Será ingenuidade nossa? Ou pura estupidez? Pois a verdade está sempre á nossa frente, e como sempre teimamos em fugir dela...ou simplesmente, enconder o que sentimos de nós mesmos. Quão profunda poderá ser a mente?
Somos apenas vítimas de nós mesmos...