são profundas,
doces,
intensas,
como melaço...
São os gemidos,
e os acordes que toco,
e sentes,
em teu regaço...
São as notas desenfreadas estas,
de que me faço...
Desespero de vida,
de cansaço...
que explodem a alegria,
que vivo passo-a-passo.
Não existe melodia,
nem tu me tocas nem outrem...
Porque ser nota,
é ser livre e voar como um pássaro que ninguém tem.
Chegar aos ouvidos ou coração,
parado...
São as velas ardentes,
que ardem ao teu lado.
São as páginas que desfolheias devagar e depressa,
sem ter medo do resultado...
São as imensas ideias que surgem ao meu alcance.
São as montanhas que salto e recalco.
É ocupar um pequeno,
mas enorme espaço...
É ser melodia suave e rude dentro do que faço.
E estas são poucas palavras sentidas,
que me poderiam descrever...
São belezas outrora perdidas,
um novo amanhecer.
As notas de que me faço,
São noite, crepúsculo e entardecer.
As notas de que me faço,
são o meu eterno viver.
(Bríggida Almar Dezembro, 2013)
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