3/04/2013

Lagos de prata


Fonte:http://www.quadradoazul.pt/media/filer_public_thumbnails/filer_public/2013/01/23/paulo_nozolino_lagos_1979_prova_em_brometo_de_prata_sobre_aluminio_80x_120cm_1de3_newsletter.jpg__555x0_q95_crop-scale.jpg

Por vezes fecho os olhos e pergunto-me como seria... se te encontrasse finalmente e pudesse finalmente amar... e ser amada, não sei o que é o amor, penso que sim... mas não sei! Talvez me tenha perdido pelo caminho no momento em que deveria ter aprendido como era sentir algo tão grandioso, viver e ter esse direito de o integrar em mim.
Sinto-me perdida agora, perdida naquela imensidão de dúvidas e transtornos que fomentam a minha existência. Sei que sou eu... e não terei eu o direito de te encontrar? De te reconhecer e tornar realidade todos os passos percorridos em sonhos desgastantes de fantasia e transparência? Sou utopia cravada em sangue derramado pelas lágrimas que choro... são as lágrimas que geram lagos de prata, quais espelhos reflectores do presente... do futuro... do passado. dói, dói ser distante e não saber voltar ao perto... Os lagos por momentos tornam-se rios com rápidos desenfreados e perigosos... onde ninguém ousa navegar, que ninguém ousa enfrentar e vencer... ou simplesmente deixar-se desvanecer pelas forças da corrente. Vida? A vida são esses rios de prata transformados em ouro líquido que escorrega por entre os meus dedos, caindo no solo seco que o engole por completo restando apenas o nada, o nada...

(Bríggida Almar 2013)

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