1/02/2012

São tijolos da minha própria interrogação...


Nunca necessitei de viver de promessas sem tempo, sou o que sou sem mentiras... escondo o sangue das lágrimas derramadas... com receio que não tenhas forças suficientes para as sorver. Pareço um castelo em ruínas mas sou um universo em construção, pareço palavras frias... mas sou sentimento puro... pareço banal... mas sou real, não preciso que me atirem cordas para suportar o meu peso... porque eu sei qual é... apenas uma árvore com as raízes bem profundas poderá ser o meu pilar. Não preciso do futuro, porque o construo no momento... não acredito num caminho traçado... sou céptica o suficiente para o traçar por mim mesma. Construí-me envolta nas trevas sem cair nelas de verdade, não me assustam... assusta-me sim a minha grandeza... os meus limites, as minhas convicções, as minhas crenças, as minhas vontades... porque jámais desisto daquilo em que acredito... eu sei quem sou... e não estou enganada, não tenho uma noção errada do meu ser como um todo... ninguém me descobre como sou... porque eu não quero, e porque talvez... realmente não seja necessário. Porque realmente talvez não tenhas a capacidade de me desvendar... porque talvez... tenhas medo de me reconhecer em ti... e admitir que possas estar enganado. As minhas divagações não têm um sentido... são divagações... são tijolos da minha própria interrogação. Mas quando tenho uma certeza... é definitivamente uma certeza. Eu tenho a certeza do que sou, de quem sou e do que posso alcançar. A matéria limita-me. Sou um quadro surrealista com significado para quem o ama... Se foges dele... é porque nunca o soubeste interpretar... a mente limita. E se algum dia achares que não o mereces... torna-te digno dele...porém... nunca será teu, mas se o sentires... poderá viver dentro de ti. As minhas defesas são mais fortes do que a tua vontade, só poderás ver aquilo que eu realmente deixar que vejas... desabafos sem nexo... são apenas tijolos sem colocação.

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