6/14/2008

E este não se compadece de mim...


Olhei o espaço...vazio, que de rompante se preencheu como que um relâmpago que cegou o meu ser de tanta luz...de fogo...de impulso...pensei que era agora, que tinha chegado a altura de me entregar...mas não...não era.Iludi-me e ceguei-me com aquilo que pensava ser amor, deste-me o mundo e agora atiras-me para uma sarjeta...onde sou um objecto em avaliação...mais cruel não poderia ser...provei o sabor dos teus lábios...senti o calor dos teus abraços...para agora me olhar ao espelho e ver apenas a minha imagem...já não existe a euforia...já não existe aquele brilho no sorriso...tudo parece não ter sentido!Os meus objectivos tornaram-se uma obssessão pessoal a alcançar...pois não me resta mais nada senão os fantasmas de uma memória colorida...uma memória que vai sendo apagada aos poucos como que por uma névoa densa que é o meu coração...agora envolto em espinhos cravados que não páram de apertar...resultando apenas daí a dor de não te teres deixado lá ficar...as flores secam...podem ser conservadas durante anos e anos preservando aquela beleza diferente...mas porém...não deixam de estar mortas...sem vida...inanimadas para o mundo. E este não se compadece de mim...

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