9/10/2007

De mim para "mim"...


O teu doce olhar incendeia de paixão... percorre o meu corpo, faz-me sentir segurança de mim e de ti...não encontro explicação nem palavras que transmitam todas as sensações que vivo a teu lado...pareces um ser vindo dos meus sonhos, das minhas fantasias...sem nexo, mas tão lógico para mim...tão como eu...tão em mim...percebo cada movimento, percebo cada expressão, sinto o que sentes...

Sei que a minha tremenda dificuldade em aceitar que és real, me limita...mas também sei que estás aqui...que posso pisar o nosso mundo sem medos... mesmo caminhando de olhos fechados, pois sei que a solidão nunca mais me vai perseguir...sinto o meu respirar em ti e vice versa...o teu calor ilumina uma parte do meu caminho...os teus lábios...a tua alma que chama por mim, para juntos irmos em busca da sabedoria, do amor, da humildade, da música, da magia, da espiritualidade...a amizade tão sincera que provém de ti...meu amor!


Envoltos por um castelo de árvores, um lago de luar...uma noite de veludo coberta...tão suave...tão...terna...dança comigo sem medo do fogo...envolve todo o meu ser com os teus braços, ramifica-os em mim...e deixa-me adormecer com o embalar do vento de ti para mim...deixa-me cantar e ouvir o teu sussurro, a tua vida, o teu sorriso...nunca vi tanta luminosidade ao serem proferidas palavras, como ouço e vejo as que saiem da tua boca...a natureza o nosso altar...a chuva de prata que abençoa momentos de pura beleza, o puro sol que sinto dentro de mim quando as melodias me tocam o espírito, sim...aquelas melodias feitas de carinho, do desconhecido mas... familiar, feitas do céu para a terra...não sei mais como falar...apetece-me apenas olhar e amar-te como já te amo perdidamente e sem limites...cada vez mais...tu sabes quem és...para mim e eu sei quem sou para ti...


*************


«(...) Serás todo o meu amor, serás toda a minha força! Dá-me a tua mão...se andarmos sempre juntos, a via será menos rude e mais curta, contigo...é que poderei atravessar a grande solidão...sem proferir um único lamento (...)»


Balzac

9/07/2007

Deus das serpentes


Lingua serpenteante, que silva sobre a minha alma de uma forma suave e subtil...doce sopro envolvente misturado com veneno mas convidativo ao calor, convidativo a dormir no seu leito...convidativo a adormecer no seu sufocante aperto...no mortal, hipnotizante beijo que envolve no escuro, mas também na segurança de um abraço sincero...que apaga lentamente, todas as dúvidas...todos os medos...activando apenas a curiosidade para o que virá a seguir de surpreendente...aquele olhar que me acalma, mas que também me faz querer sonhar...rastejar e ser terra molhada onde deslizas suavemente ao encontro de mim...

9/05/2007

Sou...


Sou vento...

Sou ar...

Sou água...

Sou fogo...

Sou terra...

Sou lava...

Sou gelo...

Sou amor...

Sou ódio...

Sou alguém...

Sou nada...

Sou gente...

Sou animal...

Sou natureza...

Sou o que sou...

Sou o que esperava ser...

Sou o que temia ser...

Sou o que não queria ser...

Sou bem...

Sou mal...

Sou um cacto...

Sou uma tulipa...

Sou decisão...

Sou indecisão...

Sou Lua...

Sou sol...

Sou o que Sou...

SOU EU...

9/03/2007

Interna, eferma, inferna...


Percorro só na escuridão, todos os passos em falso onde apalpo uma grande imensidão interna, eferma, inferna...


onde não encontro respostas para tudo, onde todas as questões se tornam em respostas e as respostas em perguntas internas, efermas, infernas...
os gritos agem dentro de mim e querem gritar em uníssono para me ensurdecer de ódio...interno, efermo, inferno...
de onde vindes?

De onde vindes?


DE ONDE VINDES?


Com tantas voltas dadas e por dar dentro do meu cérebro prestes a explodir...calem-se, calem-se agora! Deixem-me em paz...internas, efermas, infernas...
vozes,...não pertencem aqui...este mundo é meu, não é violável, a ninguém mais é predestinado senão a mim...desta interna, eferma, inferna...
melancolia nada poderão aproveitar, pois não me pertence...e grito de dentro para fora como que um vómito sonoro para que me deixem em paz simplesmente...na minha interna, eferma, inferna vida...